MARIA DA PENHA
A moça acordava
Bem cedo todo dia
Enquanto ela transformava,
Organizava e fiava tudo o que queria
Mal sabia ela que seu querer e bem fazer
Sua tristeza e escravidão iriam trazer
O fiar de seus sonhos acabou por fazê-la sofrer
Fiava bichos, doces, veículos, o mar
Fiava, fiava, fiava sem parar
Sentindo falta de algo mais
Fiou alguém para amar
Seu amor não fora correspondido
E o segredo dos fios não ficara escondido
A moça então foi escravizada,
Explorada por seu ingrato marido;
Apanhava, fiava, chorava e sofria
Trabalhava, fiava, denunciar não sabia.
Concluiu: ser feliz, viver tem senha!
Coitada da moça!
Não conhecia a Maria da Penha.
SÓ PARA MATAR A SAUDADE DO NOSSO ENCONTRO DO GESTAR II
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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