domingo, 7 de junho de 2009


Relatório do Primeiro Encontro Realizado em 30/05/2009.

Este primeiro encontro foi marcado por muitas dúvidas e questionamentos por parte dos cursistas. Houve momentos tensos, nos quais os cursistas relataram que os trabalhos propostos pelo Gestar II, não são nenhuma novidade. Argumentei que em verdade o Gestar não tem a pretensão de efetuar nenhum milagre, sua proposta é a adequação de maneiras mais fáceis e práticas de trabalhar em sala de aula partindo sempre da interpretação de textos, e textos que podem ser facilmente encontrados (variedade de gêneros textuais). Argumentei ainda que devíamos deixar de ser profissionais mecânicos reproduzindo as mesmas técnicas para todos os nossos alunos, sem observar se elas se adequam a eles. A proposta desse curso de formação continuada é que nos tornemos pesquisadores em nosso ambiente de trabalho e então adequássemos nossas técnicas de ensino. As alunas demonstraram grande desejo de receber algo mais além da certificação do curso de formação continuada, sugeriram que o formato do Gestar fosse modificado para que o certificado fosse de pós-graduação.
Desde o instante em que eu soube que seria a formadora de minha cidade fiquei muito apreensiva e insegura, pois entre os possíveis cursistas estariam ex-professores e muitos colegas de trabalho, temia pelas críticas, que quase sempre são destrutivas. Entretanto, notei uma aceitação relevante quanto ao fato de eu ocupar essa posição. Tremo sempre ao pensar em ter que ir a frente da sala falar para inúmeros professores e professoras com larga experiência e de longa caminhada na educação.
Às vezes tenho a impressão que a grande maioria já não acredita na educação como solução para os problemas que assolam nosso país. Temo em ficar como eles com a chegada da experiência.
No que tange as abordagens sobre os assuntos contidos nas TP`s, eles parecem estar inteirados e relataram que já há muito trabalham nesta proposta da variedade de gêneros e tipos textuais. Quando mencionei que não se preocupassem com nomenclaturas, argumentaram: “temos que nos preocupar, uma vez que, todas as provas de avaliação seja estadual ou federal cobram nomenclatura”.
Porém, foi muito bom comprovar: há muitos que assim como eu acreditam na educação de nosso país, e que querem aproveitar toda e qualquer oportunidade oferecida para que possamos melhorar e contribuir para a melhora dessa educação.

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